sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Continuação do resumo do livro.

Corpo cyborg e o dispositivo das novas tecnologias





Segundo Homero Luís Alves de Lima a atual aceleração tecnológica, impulsionada por desenvolvimentos científico-tecnológicos mais recentes em campos tão diversos, como a robótica, a inteligência artificial a biônica, a bioengenharia, a nanotecnologia, a biologia molecular, a genômica, a biotecnoloia e todo conjunto emergente das novas tecnologias da informação tem propiciado cenários inusitados no que concerne ás possibilidades de transformação tecnológica do corpo.

Á continua “mecanização do humano” e a intensa “vitalização das maquinas” e sua integração pela cibernética transgride, senão mesmo apaga as fronteiras do orgânico e do maquínico, do vivo e não - vivo, do humano e da máquina.

Cada vez mais, a tecnologia investe no biológico e a biologia invade o mundo das máquinas. Hoje é difícil definir a vida.

Atualmente, há muitos ciborgues no nosso meio, pondo em questão a ontologia do humano: Quem somos nós? Onde termina o humano e onde começa a máquina? Onde termina a máquina e começa o humano?

São esses cenários que tornam possível hoje uma explosão de discursividades agenciadas ao dispositivo das novas tecnologias fazendo multiplicar enunciados, imagens e metáforas associadas ao universo pós-moderno, pós-orgânico, pós-humano.

Homero traça uma genealogia do cyborg, citando Clynes e Kline onde eles definem o ciborgue como uma solução para as questões da “alteração das funções corporais do homem para corresponder às necessidades de ambientes extraterrestres”.

Na ficção científica, o termo cyborg surge de uma história de Arthur Clark (1965), chamada The City and the Stars para designar “os organismos cibernéticos”

Na década de 1980 o “Homem de seis milhões de Dólares, enriqueceu nosso imaginário com as possibilidades de simbiose entre o corpo humano e máquina. Hoje o ciborgue é diferente de seus ‘ancestrais mecânicos” porque são maquinas de informação.

Na parte da “antropologia do ciborgue” o autor mostra que atualmente, há muitos ciborgues entre nós na sociedade. Qualquer pessoa que tenha sido reprogramada para resistir à doenças ou mesmo drogada para pensar, se comportar ou sentir-se melhor farmacologicamente, é tecnicamente um cyborg.

O autor mostra os perigos e os prazeres da descoberta da presença do cientista em nós, da participação ativa ou passiva na ciência e na tecnologia, da compreensão de nós mesmos mais do que simples “agência humana” e da crítica de nossa participação continuada nas formas de vida ciborgue.

No Cyborg de Donna Haraway o autor define o ciborgue como um organismo cibernético, um híbrido de máquina e organismo, uma criatura de realidade social e também uma criatura de ficção. O ciborgue é uma criatura de um mundo pós-gênero: não tem compromisso com a biossexuali

dade, com a simbiose pré-edípica.Em certo sentido ,o ciborgue não é parte de qualquer narrativa que faça apelo a um estado original,de uma “ narrativa de origem”.



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